Título Original: A Vida é Uma Tarde de Chuva
Autores: Carlos Henrique Abbud e Flávia Gonçalves
Ano: 2017
Editora: PenDragon
Páginas: 196
Ano: 2017
Editora: PenDragon
Páginas: 196
Não tem como
não se encantar com a história de Glenn e Valiante!
Seria um
casal ou apenas uma dupla dinâmica? Fato é que a protagonista conhece Valiante
à beira da estrada quando pega uma carona com esse simpático e tão conversado
viajante e, de forma inesperada, acabam parando em Desídia, vilarejo até então pacato onde a trama
acontecerá e os dois serão responsáveis por movimentar e trazer uma certa
dinâmica ao local, visto que desde a chegada desses personagens, muita coisa
nova começa a surgir, além de um desejo por mudanças que começaria a crescer
dentro de alguns e, quem sabe, até a incomodar a outros...
Glenn é uma moça que vivenciou tantos acontecimentos na vida que, sozinha no
mundo após a morte de sua Tia Mirtes, percebe-se perdida entre as suas
vivências familiares passadas. Nessa sua nova jornada sabe que algo de novo, um
sentido por assim dizer, precisa e deseja encontrar. Mas o que realmente
encontrar? Como se ajustar?
Entre tantos
acasos, a personagem vê a necessidade de tornar-se uma mulher forte, o
que, à medida em que perpassa por entre esse humilde vilarejo cheio de
mistérios, outros personagens com características peculiares vão se acomodando
à trama, deixando-a ainda mais criativa e expressiva aos olhos do ledor. Com
uma intensa convivência e com os olhos reluzentes à concretização de um projeto
inovador ao local, aos poucos é induzida a se (re) conhecer, e a se (re)
encontrar em seu próprio "EU", o que também pode lhe oferecer um
inimigo.
A Vida é Uma
Tarde de Chuva é um livro com expressividade, pois, por meio de palavras-chaves,
mistérios, romance e fantasia, traz ao leitor um certo resgate de
subjetividade, e o leva, até mesmo em algumas ocasiões da história, a refletir
sobre o sentido da sua existência, já que Glenn, junto de Valiante, o convida o
tempo todo a uma "aventura literária", entretanto
com uma boa dose de ludicidade, trazendo de certa forma à tona assuntos que,
sob o aspecto psicológico, o conduz à descoberta de sentimentos íntimos,
através de metáforas muito bem utilizadas e, mesmo em meio à fantasia, o traz à
relação com o mundo real por meio da arte.
Lorenza escreveu que a arte é a segunda
maior fonte de vida interior existente. A primeira é o amor."
A história
possui descrição dos fatos de forma poética, pois há o bom uso das palavras,
que são delineadas pelos autores em todo o curso da narrativa. Pode-se afirmar
aos amantes de uma boa leitura que o encontro das palavras permite-nos uma história inebriante, com encantamento
pelo que lemos em A Vida é Uma Tarde de Chuva.
"Ainda assim, fez uma pausa
pela beleza daquela vista singela e acolhedora. 'Nada mal para se chamar de
lar', diria a maioria das pessoas. Para ela, a frase tinha um fundo de
piada, principalmente se comparada à insensatez do início da manhã".
Conhecer essa bela obra do casal Carlos Henrique Abbud e Flávia Gonçalves com certeza intima a quem lê a uma ponderação sobre nós mesmos enquanto seres humanos e nos instiga a matar "o nosso dragão interior"...
...para termos condições de seguir adiante...
Carlos
Henrique Abbud nasceu em Nova Friburgo, RJ, em
1978. Graduado em Música, pós-graduado em Artes Visuais e membro da Academia
Friburguense de Letras. Professor da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro,
designer, artista plástico e músico. Atuou como professor no Curso de Licenciatura
em Música da Universidade Candido Mendes, entre 2008 e 2010. Publicou o conto
“A Mulher de Vidro” na antologia “Tratado Secreto de Magia – Volume II”, pela
Editora Andross em 2011, o romance “Alice Black – Princesinha do Inferno”,
lançado pela Editora Autografia na Bienal do Rio 2015, o conto “O Livro do
Amor” na coletânea “Oito Faces da Diversidade”, lançada em 2016, os contos
"O Sinal" e "25 de novembro de 1987" nas coletâneas
"Nova Friburgo - Contos, Crônicas e Declarações de Amor, volumes I e
II" e o romance "A Vida é uma Tarde de Chuva", lançado pela
Editora PenDragon na Bienal do Rio 2017. Produtor da I Feira Cultural de Nova
Friburgo e da Feira Literária da III Mostra UFF&Arte, ambas realizadas em
2016.
Flávia Gonçalves nasceu em Duas Barras, RJ, em 1979. Graduada em
Música, pós-graduada em Artes Visuais e membro da Academia Friburguense de
Letras. Professora da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. É flautista
desde a adolescência e idealizadora/regente do projeto “Iniciação Musical”, que
esteve em atividade em escolas estaduais e diversas instituições de ensino
musical entre 2007 e 2013. Publicou o romance “Alice Black – Princesinha do
Inferno”, lançado pela Editora Autografia na Bienal do Rio 2015, o conto “O
Livro do Amor” na coletânea “Oito Faces da Diversidade”, lançada em 2016, os
contos "Entre Histórias" e "Códigos" nas coletâneas
"Nova Friburgo - Contos, Crônicas e Declarações de Amor, Volumes I e
II" e o romance "A Vida é uma Tarde de Chuva", lançado pela
Editora PenDragon na Bienal do Rio 2017. Produtora da I Feira Cultural de Nova
Friburgo e da Feira Literária da III Mostra UFF&Arte, ambas realizadas em
2016.
Oi Ana Claudia
ResponderExcluirQue bacana seu post!!
Nã conhecia este livro ainda e fiquei curiosa para ler.
Já coloquei na minha lista.
Adorei seu blog, parabéns!!
Vou te acompanhar aqui também
Beijos
Olá!!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro e gostei muito da premissa, achei diferente e gostaria de conhecer a escrita dos autores.
Sua resenha ficou perfeita, parabéns!
bjs